Você sabe o que é um canal digital? Para simplificar o entendimento, um canal digital é um canal transmitido no formato um arquivo de computador, um arquivo bastante parecido com um arquivo de filme que você baixa da internet em um formato MP4, por exemplo. O sua receptor de satélite é na realidade um conversor de tv digital, é a mesma coisa do conversor digital da tv digital terrestre, só que o sinal dos canais para o seu receptor de satélite vem do satélite. Então se o canal digital é transmitido no formato similar a de um filme que você baixa na internet, se conclui que o seu receptor também funciona de uma maneira muito similar a um computador abrindo este arquivo, é a mesma lógica de funcionamento. Se é a mesma lógica de funcionamento, fica fácil para compararmos a qualidade de imagem e a necessidade de largura de banda (ou espaço de armazenamento ou uso em Mbps), de um filme que você baixa na internet com a qualidade de imagem e espaço de uso de dados no satélite de um canal de tv. Se você baixou um filme na internet com 110 minutos de duração e o tamanho do arquivo é de 950 Mb, usando uma compressão boa com codec MP4, então podemos fazer uma continha rápida para saber quanto cada minuto de filme consome de espaço neste arquivo.
= 950 Mb / 110min = 8,6 Mb por minuto de vídeo. Vamos além, vamos saber qual a necessidade de espaço por segundo de filme, já temos que a cada minuto se usa 8,6 Mb, então:
= 8,6 Mb / 60 segundos = 0,143 Mb por segundo de filme ou 143 Kb por segundo. Concluímos então que no exemplo deste arquivo, é necessário 143 Kbps de largura de banda de transmissão para que se possa assistir ao filme através de uma transmissão de satélite. Esse valor pode variar se melhorarmos ou piorarmos a qualidade do som ou da imagem no arquivo. No mundo da transmissão via satélite, no entanto, a compressão mais utilizada – compressão é a técnica que diminui o tamanho do arquivo, a grosso modo seria como zipar o arquivo para enviar para o satélite usando menos largura de banda, menos espaço- não é a MP4, pelo menos não nos satélites mais usados por aqui, então vamos pegar um exemplo de compressão bastante utilizada, o MPEG2, o satélite StarOne C2 em Banda KU usa na maior parte de seus transponders, a compressão MPEG2. A recomendação é que se use a seguinte largura de banda para os canais, segundo o livro The Digital Satellite TV Handbook, escrito por Mark E. Long. HDTV = 14 Mbps Canais 16:9 = 5,78 Mbps Transmissões de estúdio = 8 Mbps Esportes ao vivo = 6 Mbps Sitcom = 4 Mbps Notícias = 3,4 Mbps Filmes = 1,5 Mbps Essa recomendação é para MPEG2. Provavelmente as operadoras brasileiras estão trabalhando com menos que isto, já que elas tem que espremer muito mais canais que o razoável em um transponder de satélite. Por falar nisto a capacidade de transmissão de um satélite usando modulação DVBS-2, ocupando um faixa de frequência de 36 Mhz, usando FEC 3/4 e sem considerar nenhuma perda é de 64 Mbps. Mas como sempre há uma perda, deve-se considerar que na realidade a largura de banda total disponível em um transponder com os dados citados acima varia de 57,2 Mbps a 59 Mbps. É claro, este é só um exemplo, pois há muitas variações além desta com a largura de banda indo de 9 Mbps até 59 Mbps na modulação DVBS-2. Fonte: http://gps.pezquiza.com/satelite/quanto-de-dados-transmite-um-tp-de-satelite-e-quanto-um-canal-consome-em-dados-para-ser-transmitido-via-satelite/#ixzz2zhshqPBl