Junto com o processo movido pela ABTA que ocasionou na proibição da importação, publicidade, compra e venda dos receptores Azamérica, Azbox, Lexuzbox e similares no Brasil, a ABTA também calculou o total destes aparelhos que estariam em atividade no Brasil. Seria entre 500mil a 700mil receptores que abrem ilegalmente o conteúdo dos canais codificados das operadoras de tv por assinatura no país. O prejuízo, segundo a ABTA, é de R$ 100milhões mensais. Outros organismos brasileiros também abriram processos contra estes receptores, o Sindicato Nacional de Empresas Operadoras de TV Paga e o Sindicato Nacional de Trabalhadores de Sistemas de TV Paga e Sistemas Especiais. Vale lembrar que no Uruguai a situação dos receptores era ainda mais grave em proporção em que algumas cidades do país tinham mais receptores do tipo Azbox que instalações das operadoras de tv paga. Algumas casas uruguais foram invadidas por policiais que levaram embora os equipamentos instalados e os usuários foram presos para depoimento e liberados em seguida. O Paraguai teoricamente está tomando medidas duras contra a venda e o uso dos receptores, no entanto o Paraguai é o país que mais lucra com a moda do Azbox. Chile é outro país que tomou medidas muito parecidas com as que agora estão sendo implementadas no Brasil, proibição de qualquer tipo de atividade relacionada com os Azbox no país. Na visão aqui do Portalazcenter.blogspot.com.br, este total de receptores deve mesmo ser bem próxima do total verdadeiro de aparelhos instalados no Brasil, no entanto, o prejuízo está muito longe de ser o total declarado pela ABTA. Isto por que a ABTA superfaturou os valores e levou em conta que cada receptor significa uma residência e considerou o valor de aproximadamente R$ 150,00 mensais para cada receptor instalado, o que consideramos como uma piada, mas como tudo no Brasil é superfaturado. Na nossa visão, já que conhecemos o mercado de tv por assinatura no Brasil há aproximadamente 10 anos e vimos a quebra do sinal das tvs por assinatura desde o começo, a conta não é bem esta. Se existirem 700mil receptores instalados, devemos levar em conta que na média, devem existir de 1,5 a 2 receptores por cada casa em que se usa Azbox, fazendo as contas pelo pior cenário temos que 500 mil residências tem um receptor de satélite do tipo instalado. Levando em conta que não seriam todos os donos de um aparelho deste que assinariam um pacote de tv por assinatura, ou por falta de dinheiro ou por acharem muito caro, muito menos assinaria pacotes tão completos com PFC, Combate e canais adultos, vamos levar um valor médio de R$ 100,00 por casa para se ter um pacote com ponto extra e canais de filmes já que é possível se assinar pacotes básicos por R$ 59,00 mensais e mais completos com ponto extra por cerca de R$ 159,00. Vale lembrar que os canais são abertos mas não há como medir o seu uso com exatidão nestes receptores, já que os canais não são produtos que se gastam, como água, telefone ou energia, então estar disponível não quer dizer que está sendo usado. Com isto calculamos um prejuízo médio de R$ 50milhões mensais, que ainda é grande mais é a metade do que quer dar a entender a ABTA. Não sou a favor dos receptores Azbox, sou assinante da Oi TV e do Netflix que tem suprido bem as minhas necessidades, mas o cenário dos receptores existe e para grande parte do povo brasileiro é a única forma de se assistir tv fechada no Brasil, se as empresas de tv por assinatura e o governo criassem um plano de democratização da tv paga no país, já que a tv é a maior diversão dos brasileiros e talvez a que possa ser mais acessível, temos certeza de que a maior parte dos Azbox se transformaria em assinantes legais sem causar transtornos com justiça e sem perder a simpatia dos brasileiros que estão neste sistema.